O Cruzeiro de Celso Roth tem mais potencial do que seu
treinador consegue extrair de seus jogadores, não que seja uma maravilha técnica e que esse
time poderia estar brigando pelo título. Até porque depende muito da inspiração de um homem só, mas tinha condição de apresentar um
futebol mais vistoso e até mais ambicioso.
O Corinthians do jogo contra a Portuguesa teve o desfalque
do Douglas que sofreu o terceiro amarelo e foi substituído pelo Jorge Henrique,
a volta de Danilo e de Alessandro que foram poupados no último jogo. O timão
apresentou hoje uma formação parecida com a do time de mano Menezes em 2009,
quando jogava com 3 atacantes de formação, porem não necessariamente de
posicionamento no decorrer da partida, na época Jorge Henrique, Dentinho e
Ronaldo, e do próprio Tite do ano passado quando o Corinthians deu a arrancada
de 9 vitorias consecutivas quando tínhamos Jorge Henrique, Wilian e Liédson. A
grande diferença para esse time de hoje é que dessa vez não temos um 9 de origem,
um centroavante autêntico. E até por isso os 3 atacantes ( Jorge Henrique,
Romarinho e Emerson) revezavam fazendo essa função, sendo que na maioria das
vezes Emerson acabou fazendo esse papel.
O JOGO
Como não poderia ser diferente, uma boa partida no Pacaembu,
alias Corinthians e Cruzeiro desde 92 que não fazem um jogo que termina sem
gols, e mais uma vez foi mantida a escrita. O Corinthians começou mais incisivo
e o time mineiro buscava o contra ataque, sempre buscando a criatividade do seu
meio campo Montillo, que deve se arrepender até hoje por não ter conseguido se transferir para o nosso lado no começo do ano.
E dessa forma aos 21 o timão foi presenteado por um pênalti cometido
por Sandro Silva, depois do mesmo querer sair driblando próximo a área, perder
a bola e derrubar Jorge Henrique. Sandro merecia ser expulso, até porque já
tinha amarelo. Até por isso Celso Roth não demorou nem 6 minutos para substituir
o jogador. O pênalti: Fábio pulou para
um lado, Chicão bateu para o outro, 1 x 0.
A sequência do jogo
seguiu com o Corinthians “amassando “a equipe de azul, Romarinho e Danilo ainda tiveram a chances de
ampliar o placar e nos deixar mais tranquilo para a segunda etapa, o Cruzeiro
sentiu o gol, e se limitava a buscar o gol apenas em lances de bola parada em
que chegou a levar relativo perigo, principalmente quando Cássio saía do gol de
forma estabanada (algo que já está se tornando irritantemente comum).
E o Corinthians voltou para o segundo tempo no estilo Tite,
ficou bem mais no seu campo com o Cruzeiro tomando mais a iniciativa, porém o
Corinthians era mais incisivo e no contra ataque levava mais perigo, só que
perdia oportunidades que poderiam fazer falta. Em uma saída de bola errada do
goleiro Fábio, Emerson teve a mais clara das chances, mas não alcançou a bola
quando estava sozinho. E o Cruzeiro ainda buscou bastante, sempre com Montillo e na maioria das vezes de bola parada. E assim o Corinthians, mais uma vez, correu mais risco do que precisava.
Guerreiro ainda teve a sua oportunidade, em pouco mais de 5 minutos que teve mostrou muita vontade.
No final em uma bela troque de passes entre Paulinho, Jorge Henrique e Danilo a bola sobrou na entrada da área para o aniversariante Paulinho que acertou um belo chute e sacramentou a quarta vitória alvinegra no Brasileirão.
Agora são 10 pontos em 12 possíveis nos últimos 4 jogos e já estamos no Top 10, e vamos para as cabeças.
Próxima parada Bahia fora, com o maestro de volta temos que ir buscar mais esses três pontos e consolidar essa arrancada.
Destaque positivo, a torcida, essa sem dúvida nenhuma é hors
concurs, mas só o registro por colocarem novamente mais de 30 mil torcedores no
Pacaembu, ser a maior média de público do campeonato, mesmo estando agora
apenas na décima posição.
Paulinho, pelo aniversário e pelo belíssimo gol.
Destaque negativo, Emerson Sheik, pelo andar da carruagem
talvez ele esteja aqui até o final do campeonato ou até quando a paciência do
Tite aguentar, dependendo bastante também do desempenho do peruano. Tem jogador
que só arrebenta em jogo que não vale nada e some na decisão, o Sheik aparenta
ser ao contrário. Apesar de, como já disse, estar com um crédito do tamanho da
América.
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