Massacre no Engenhão

Esse time do Flamengo de hoje está longe de ser um time que coloque medo em alguém, muito pelo contrário, se jogasse de colete ou com a camisa de outra equipe sem tanta expressão não acharia estanho que estivessem brigando na zona de rebaixamento, se é que ainda não terá esse destino no campeonato. Com exceção do Vagner Love o resto é um bando de jogadores medianos para baixo, jogadores que não passam de eternas promessas e ainda muito mal montados por um treinador ultrapassado.

De diferente do jogo contra o Naútico tivemos a volta do Alessandro e a entrada do Douglas, depois da confirmação da saída de Alex. Como já disse no Post “Alex das arábias“, acredito no futebol do Douglas, é um jogador inteligente e que com ritmo de jogo tem plena condição de assumir a posição. Tem características diferentes do seu antecessor não tem um chute de fora da área tão perigoso e nem tanta agilidade, porem em termos de visão de jogo e qualidade no passe, principalmente no passe em profundidade leva vantagem.

O JOGO

E a partida, em seu início, apesar de não ter chances claras de gol foi bem agitada com os dois times buscando o gol com suas armas: o Flamengo insistindo em jogar pela direita com Leo Moura e o Corinthians com sua paciente, porem objetiva troca de passes. O Corinthians era mais contundente e levou mais perigo com uma cabeçada e um chute de Romarinho em passes de Douglas e Emerson, respectivamente. O Flamengo chegou com mais perigo só em um cruzamento de Magal que Vagner Love não chegou.

Foi então que Douglas, aos 27, com uma excelente roubada de bola, uma bela arrancada e uma melhor ainda conclusão abriu o placar no Engenhão. Pronto é o jogo que o time do Tite mais gosta, com a tranquilidade de estar na frente do placar e com a defesa sólida que se consagrou como sendo a melhor da história da Libertadores dificilmente perderíamos o jogo.

E para ajudar a nossa vida, aos 39, Renato deve ter lembrado os tempos em que foi campeão da copa do Brasil e do torneio Rio – São Paulo em 2002 e achou que estava vestindo a camisa do melhor da América, deu um passe de calcanhar com açúcar para Douglas fazer o seu segundo gol e ampliar a vantagem do Timão.

No segundo tempo perdendo por dois gols, como já era de se esperar, o time da casa foi pra frente, Joel colocou o menino de 17 anos Adryan e proferiu “Ou empatamos e viramos o jogo ou perdemos de 4 “, quase...

Logo aos 9 minutos já veio a resposta para o Joel, em uma bela troca de passes na frente, Romarinho deu um belo passe para Danilo que acertou um chute mais bonito ainda. 3 a 0. 
Se a vitória já estava encaminhada o terceiro gol serviu para selar de vez o resultado. O que se viu daí em diante foi um Flamengo atordoado e visivelmente sentindo a pressão do placar e de sua torcida que vaiava a cada erro de passe. O Corinthians respeitou a camisa  que enfrentava e também não se esforçou muito para tentar ampliar o placar.
Mesmo assim Emerson ainda teve a chance de fazer o papai Joel virar profeta, mas errou o pênalti estúpido, mas muito bem marcado pelo Sandro Meira Ricci, errou porque bateu de forma extremamente displicente.  
Uma vitória com V maiúsculo e com muita propriedade, mostrando porque é o atual campeão do Brasil e da América, não correu riscos e aproveitou muito bem os erros do adversário para liquidar.
Vamos seguir assim, sábado é a vez da Portuguesa, temos tudo para chegar a terceira vitória consecutiva e consolidar a arrancada na briga pelo título.

Destaques Positivos, Douglas, como não poderia deixar de ser, voltando a ser titular desde sua primeira passagem foi muito bem, até pela forma que aconteceram os dois gols mostrou estar atento ao jogo e foi bastante participativo.

Romarinho, mais uma vez se apresentou muito bem, foi o jogador que mais chutou ao gol, não teve medo de arriscar e ainda deu um belo passe para o Danilo.

Destaque Negativo, Emerson Sheik, parece ainda estar de ressaca, mais uma vez errou bem mais que acertou. Até correu bastante, tentou, mas não teve muito sucesso. E coroou sua atuação abaixo da média com um pênalti perdido.